Embora nem todas as mulheres pensem assim, a maioria das minhas pacientes pede um resultado ao mesmo tempo perceptível e natural. Não existe, no entanto uma medida exata de tamanho de prótese para que isso aconteça e deve haver muito bom senso por parte do cirurgião e da paciente na escolha do procedimento.

O primeiro passo para seguir esse caminho do bom senso é esquecer um pouco a ideia de tamanho que muitas vezes já chega. Lembre que as estruturas corporais são diferentes e o que pode ficar bom em uma pessoa, pode ficar enorme em outra.

Escolher uma prótese menor também não é garantia de naturalidade. Se elas forem desproporcionais ao tórax, podem ser mais artificiais que implantes maiores.

A forma da prótese também gera muitas dúvidas e a busca do resultado natural leva muitas pessoas a pedir os modelos chamados de “perfil natural”, também denominados de “em gota” ou de anatômicos. No entanto, isso não significa que tenham resultados mais naturais que os redondos, mesmo com essa denominação atrativa. Isso também depende da constituição física da paciente de uma forma global. Apenas um pequeno grupo de pacientes com características específicas se beneficia das próteses de perfil natural, na minha experiência.

Se por um lado as transformações causadas por uma gravidez após o procedimento geram muitas preocupações com a possibilidade de flacidez, por outro lado essas mudanças podem ser positivas, gerando uma maior naturalidade em muitos casos.

Em resumo, cada paciente deve ter uma avaliação individual e cuidadosa para se chegar o mais próximo possível do resultado desejado. Lembrem que medicina não é matemática e que as leis da biologia é que regem a evolução do resultado, diferente para cada pessoa, como uma impressão digital.