A diabetes melitus, ou apenas diabetes, acontece quando o pâncreas diminui a secreção de insulina, um hormônio responsável pela entrada da glicose nas células. Assim, as taxas de glicose no sangue aumentam. O problema que isso acarreta depende do tempo que esse estado perdura e do grau de elevação da glicemia.

Além da predisposição genética, fatores como a obesidade e maus hábitos alimentares contribuem para a doença.

Embora a diabetes esteja culturalmente associada apenas a problemas de cicatrização, afeta os pequenos vasos sanguíneos, assim como a hipertensão. Uma vez que esses vasos estão presentes em quase todos os órgãos do corpo, os prejuízos podem ser bastante diversos, como o aumento da chance de infecções, problemas renais, cegueira, etc.

No entanto, a simples constatação da diabetes não é uma contraindicação para a cirurgia plástica, desde que esteja equilibrada e que ainda não haja grandes prejuízos aos demais órgãos. Uma boa consulta é o principal fator para saber se está tudo bem. É com base nessas informações, que o médico poderá pedir os exames mais adequados para saber se a cirurgia pode ser feita com segurança.

Os exames mais frequentemente utilizados para acompanhar as taxas de glicose são a dosagem da glicemia de jejum e da hemoglobina glicosilada. Testes de função dos rins também são úteis para saber se a doença já os afeta.

Uma vez constatando que a cirurgia pode ser feita, ainda restam alguns detalhes a serem observados.

  • Muito cuidado com o uso de medicações hipoglicemiantes e o jejum para a cirurgia. A associação dos dois pode causar hipoglicemia (queda acentuada das taxas de glicose), o que pode ser muito perigoso e causar coma e lesões cerebrais. Pergunte ao seu médico exatamente como deve fazer em relação a isso.
  • É aconselhável que a cirurgia seja realizada de manhã, para diminuir o tempo de jejum.
  • Deve haver controle mais intenso da glicemia no pós-operatório, geralmente com uso de insulina, mesmo para aqueles que não a utilizam normalmente.

Uma vez tomados todos esses cuidados, a cicatrização de pacientes diabéticos será bem semelhante à dos outros pacientes e os riscos estarão controlados.